As bibliotecas e a literacia de informação
A literatura , segundo Calixto (2011), sugere que o
trabalho nesta área, tem seguido duas vias diferentes mas, todavia, com pontos
em comum: uma para o ensino não superior e outra para o ensino superior.
A situação em Portugal no que diz respeito ao papel
desempenhado pelas bibliotecas no desenvolvimento da literacia da informação,
está ainda por realizar. Segundo (Correia, 2003). «a literacia da informação
está lentamente a ser incorporada como uma disciplina académica nos curricula»,
e «algumas bibliotecas universitárias têm estado a dar formação aos seus
utilizadores, especialmente no que diz respeito ao uso de fontes de informação
electrónica». È cada vez maior, a divulgação de textos e ligações, sobre a
literacia da informação no sítio da Internet do Gabinete das Bibliotecas
Escolares do Ministério da Educação, que para Calixto (2011) « é um indício da
consciência crescente sobre esta problemática ao nível das bibliotecas
escolares.» (p:7)
O principal objectivo das bibliotecas de qualquer
tipo, para Nunes (2007) « é a prestação
de serviços de acesso, não apenas à informação mas, mais exactamente, ao
conhecimento». No caso das bibliotecas públicas, este objectivo, revela-se na
forma específica de actuar e também de
permitir o acesso a informação organizada. As bibliotecas, devem promover
actividades que, por um lado, «contribuam para o desenvolvimento de
competências de literacia, nomeadamente literacia informacional, necessárias à
pesquisa, selecção, interpretação e processamento da informação disponibilizada
e, por outro lado, proporcionem o acesso à literatura e aos produtos culturais
e artísticos em geral, bem como aos testemunhos da memória e da identidade
local». (p:2)
No segundo parágrafo do «Manifesto da UNESCO Sobre
Bibliotecas Públicas (1994), documento elaborado para a UNESCO pela Secção de
Bibliotecas Públicas da IFLA – Federação Internacional das Associações de
Bibliotecas – pode ler-se que «A biblioteca pública, porta local de acesso ao
conhecimento, constitui um requisito básico para a aprendizagem ao longo da
vida, para a tomada independente de decisões e para o progresso cultural do
indivíduo e dos grupos sociais.” (p:2)
Atualmente, a «literacia informacional é uma condição
da inclusão social» e aqui as bibliotecas têm um papel importante, pela
autonomia na aprendizagem facilitada pelas TIC, é essencial que os serviços
bibliotecários se adaptem aos desejos e necessidades, em permanente mudança,
dos utilizadores, relativamente à aquisição de conhecimentos e aos usos da
informação». (p:4)
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Referências Bibliográficas:
Calixto, José António (2011). Literacia da informação: um desafio para as
bibliotecas. Porto. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo5551.PDF
Nunes, M. B. (2007). Leitura, literacias e inclusão social.
In J. T. Lopes (org.) – Práticas de
dinamização da leitura. Porto: Sete-Pés, Projectos Artísticos e Culturais. In
Leitura, literacias e inclusão social:
novos e velhos desafios para as bibliotecas públicas Manuela Barreto Nunes*
, disponível em:
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